domingo, 9 de março de 2014

Afinal o que é arte Contemporânea?

Wikipidea

Não há um consenso entre os autores sobre o início do período contemporâneo na arte.1 Neste artigo considera-se que a arte contemporânea, em seus estilos, escolas e movimentos, tenha surgido por volta da segunda metade do século XX, mais precisamente após a Segunda Guerra Mundial, como ação de ruptura com a arte moderna.
Depois da guerra os artistas mostraram-se voltados às verdades do inconsciente e interessados pela reconstrução da sociedade.2 Sobrepôs-se aos costumes, a necessidade da produção em massa. Quando surgia um movimento na arte, este revelava-se por meio das variadas linguagens, através da constante experimentação de novas técnicas.3
A arte contemporânea se mostrou mais evidente na década de 60, período que muitos estudos consideram o início do seu estado de plenitude.3 A efervescência cultural da década começou a questionar a sociedade do pós-guerra, rebelando-se contra o estilo de vida difundido no cinema, na moda, na televisão e na literatura.
Além disso, os avanços tecnológicos foram convulsivamente impulsionados pela corrida espacial e, como mostra dessa influência, as formas dos objetos tornam-se, quase subitamente, aerodinâmicas, alusivas ao espaço, com forte recorrência ao brilho do vinil. A ciência e a tecnologia abriram caminho à percepção das pessoas, de que a arte feita por outros, poderia estar a traduzir as suas próprias vidas.4
A consciência ecológica e o reaproveitamento de materiais são temas recorrentes, que se popularizaram no final do século XX.5 Em paralelo, a revolução digital e a consequente globalização, por meio da internet, formam o período mais recente da contemporaneidade.6

Período entre 1945 e 1965
Entre os movimentos mais célebres estão: Arte bruta, Arte informal, Expressionismo abstrato, Arte cinética, Combine, Assemblage, Pop art, Fluxus, Op art entre outros.1
Período pós 1965
Entre os movimentos mais célebres estão: Minimalismo, Arte conceitual, Body art, Instalação, Hiperrealismo, Videoarte, Happening, Arte povera, Transvanguarda, Internet art, Arte urbana, Grafiti entre outros.1 
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por João Carlos Lopes dos Santos 
Por definição, contemporâneo é o que ou aquele que é do mesmo tempo, da mesma época, especialmente da época em que vivemos. A arte contemporânea é sempre um assunto momentoso e recorrentemente debatido em todos os simpósios e bienais sobre arte. Provavelmente, é isso que a alimenta em todo o mundo. 
A partir da segunda metade do século XX, quando foi constatado que a arte produzida então nada mais tinha a ver com o que se fazia na primeira metade daquele século, começou-se a rotular aquela tendência de arte contemporâneae ela está aí por todo o mundo, até os dias de hoje. Foi então que os artistas plásticos do movimento contemporâneo abandonaram a representação da realidade, dizendo-a absolutamente falida. Passaram a defender que a composição de cores e formas por si só era uma obra de arte; defendiam a prevalência das ideias, desprezando a materialização das obras. Começa aí a confusão, já que tudo passou a ser chamado de arte e a grande maioria das pessoas – o povo tem o direito de opinar – duvida que certas obras chamadas de contemporâneas sejam realmente arte.

A principal característica da arte contemporânea é o abandono dos suportes tradicionais. Com o abandono da tela e do bronze surgiram outros suportes e, depois, simplesmente foram abolidos pelos contemporâneos. A arte conceitual dos anos de 1960, que talvez tenha consolidado o processo, passou a trabalhar mais com a cabeça do que com as mãos. Vide os exemplos das obras de Lygia Clark (1920-1988) e de Hélio Oiticica (1937-1980). A partir deles, passamos a ter muitas ideias e poucas obras, o que, em termos de demanda no mercado, é muito bom, já que com a diminuição da oferta, a procura aumenta.
A arte contemporânea eclodiu mundialmente por essa época, está aí e, depois de tantos anos, ainda é recorrentemente discutida e entendida por poucos. Pergunte a Affonso Romano de Sant’Anna (1937), reconhecido poeta e escritor mineiro e radicado na Capital do Rio de Janeiro, que escreveu a crônica ‘Arte: Equívoco Alarmante’, publicada no O Globo em 29/12/2001, onde fala que:
Sobretudo nas chamadas "artes plásticas", nos últimos anos tornou-se evidente um fosso entre o público e as obras apresentadas como artísticas.
Diz lá, ainda, Affonso Romano de Sant’Anna:
A isto se soma o fato de que não apenas entre os artistas que ocupam espaço na mesma contemporaneidade existe essa negação, mas também muitos intelectuais, igualmente importantes dentro da chamada modernidade não reconhecem em muitas das obras hoje apresentadas em galerias e museus o caráter de inovação ou de criatividade artística. Portanto, estamos diante de um fenômeno insólito e perturbador dentro das relações sócio-artísticas.
A respeito dessa crônica, houve muita gente que, à boca pequena, concordara com o seu texto, declarando que tinha medo de dizer que não entendia a arte contemporânea, para não passar por ignorante. À época, em 2001, essa crônica estremeceu certos alicerces, já que Affonso Romano de Sant’Anna é um intelectual respeitado. Algumas obras eu consigo entender e outras não, mas isso não é importante, até porque todos sabem que a matéria que estudo é o mercado de arte.
Para quem não sabe, a arte contemporânea é aquela que tem a ver com o mundo virtual e novas mídias, como as instalações e performances. Por serem muitas vezes efêmeras, as obras têm que ser documentadas fotograficamente, para que se cristalizem, e possam provar à posteridade terem um dia existido. Acredito, até por força do questionamento recorrente, que a arte contemporânea fique ainda por algum tempo e, depois, passe o cetro, como os demais movimentos passaram, a outras tendências artísticas, quem sabe até para as técnicas tradicionais, pintura, escultura e gravura, que, revigoradas, um dia poderão voltar com toda força, com seus cavaletes, paletas e pincéis, sem que isso possa ser chamado de retrocesso ou de utópico. O mundo dá muitas voltas...
Obviamente, a maioria dos artistas que produz arte atualmente não usa a linguagem da chamada de arte contemporânea. No entanto, comungo da opinião daqueles que pregam que a produção artística sempre tem que ser contemporânea em relação à época em que foi produzida e, de preferência, estar inserida no contexto do lugar em que foi executada; e ser produto de reconhecida criatividade. Para mim, arte é criação e deve estar identificada com o lugar e o tempo em que for criada. Não é a obra de arte que tem que parecer contemporânea; são os artistas que têm de ter o coração contemporâneo e o pensamento na atualidade.
Por falar nisso, só acredito em artistas plásticos que saibam desenhar, acadêmica e perfeitamente, pedras, mãos e pães; que saibam moldar uma cabeça de um ancião; e que dominem suas paletas com autoridade de mestre. Quem passar nesse crivo é ARTISTA, com todas as letras maiúsculas, e pode fazer qualquer absurdo criativo, um simples rabisco, que será chamado por mim de obra de arte.
Prevejo uma saia justa para aqueles que teorizam o mundo das artes, diante dessa pergunta: que nome terá o movimento artístico que virá após a arte contemporânea? Será arte pós-contemporânea? Já notou o absurdo, meu leitor? A arte contemporânea existe desde o tempo das cavernas. A arte rupestre foi contemporânea. A arte pré-colombiana foi contemporânea. A arte acadêmica do século XIX foi contemporânea. A arte moderna foi contemporânea. Toda arte, que participou dos movimentos de sua época, foi contemporânea. Conclui-se, então, que o homem pré-histórico e o índio pré-colombiano, assim como João Baptista da Costa (1865-1926) e Tarsila do Amaral (1886-1973) fizeram também a mais pura arte contemporânea.
Só gosto do que gosto... As ilações ficam por sua conta, caro leitor.
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Por Micheliny Verunchk
http://novo.itaucultural.org.br/materiacontinuum/marco-abril-2009-afinal-o-que-e-arte-contemporanea/


Decifra-me ou te devoro. É o que parece dizer a arte contemporânea a qualquer pobre mortal que ousa encará-la. Filha do desencanto e das tensões advindos do instável século XX, surge representando uma ruptura com o que, até então, se chamava arte moderna.
Como a esfinge, que aqui lhe serve de metáfora, a arte contemporânea nasceu, sobretudo, questionadora, amante da polêmica. Não lhe interessavam os velhos moldes, o cânone, o sentido tradicional da beleza. No entanto, denunciam alguns, e atualmente tem se rendido a um mercado cada vez mais manipulador e caracterizado por cifras estratosféricas.
Oscilando entre a incompreensão e os julgamentos de valor traduzidos em questões sobre sua utilidade e autenticidade, é alvo de discussões apaixonadas. Assim, a Continuum convidou algumas pessoas a responder ao enigma: O que é arte contemporânea?
Affonso Romano de Sant’anna (poeta, ensaísta e professor)
“A expressão ‘arte contemporânea’ é muito precária, não resiste a uma análise. Não se pode considerá-la sem investigar outra expressão igualmente confusa: ‘pós-modernidade’. Isso, de maneira geral, caracteriza muito do que se fez nos últimos 40 anos. Tem muita bobagem teórica e prática para ser revista. Cito alguns tabus. Veja John Cage - tinha algum talento e perdeu-se no histrionismo. Veja Duchamp, mal lido e mal interpretado há 100 anos. Continuo insistindo: temos que passar o século XX a limpo, não para voltar ao XIX, mas para equacionar os equívocos de nossa geração. Uma das tolices de nossa época foi achar que a ‘modernidade’ era o topo da história. Como se diz, ‘pretensão e água benta cada um toma quanto quer’. ”

Ana Mae Barbosa (doutora em arte-educação e professora)
“Não dá para resumir a arte contemporânea numa só característica, pois a pluralidade domina nosso tempo. Assim, podemos apreendê-la pela seguinte série de qualidades:
- consciência da morte da autonomia da obra ou do campo de sentido da arte em prol da contextualização.
- metalinguagem: reflexão sobre a própria arte.
- incorporação de matrizes populares na arte erudita.
- preocupação em instaurar um diálogo com o público e levá-lo a pensar.
- tendência ao comentário social.
- ‘interritorialidade’ das diversas linguagens.
- tecnologias digitais substituindo a vanguarda.
O que mais me tem chamado atenção é a confirmação do comentário de Arthur Danto, de que sob a designação de arte contemporânea temos muitas vezes a continuação da arte moderna. Isso é verdade especialmente no Brasil, que é muito apegado ao modernismo.”

Dalva Soares Bolognini (especialista em cultura popular)
“Arte contemporânea é toda expressão artística que revela, em traços ou por inteiro, a atualidade da vida social - local ou mundial. Assim, cada momento da sociedade, cada mudança visível de um grupo social, pode ser representado e percebido nos seus vários suportes. Historicamente esse tempo social é geralmente longo, suficiente para gerar um movimento artístico. Gostaria de mencionar que, no final da Segunda Guerra Mundial, os automóveis americanos, pesados e quase sempre pretos, que haviam cedido seu lugar nas fábricas para os veículos bélicos, ressurgiram enormes e coloridos, como a sinalizar um tempo de bonança e felicidade plena, onde o espaço era primordial.”

Ivôn Rabelo (mestrando em literatura e interculturalidade pela Universidade Estadual da Paraíba)
“O dizer sobre arte, em si, já é algo complicado. Mas carrega algo de simplório, pois qualquer tentativa de expressão que condense os conhecimentos acumulados pela humanidade, e, além disso, os saiba traduzir como manifestação simbólica, deve ser alçada ao posto de discurso sacralizado. A arte na contemporaneidade não foi vanguarda, mas torna-se agora, em nossa pós-contemporaneidade: um atributo da velocidade com que (es)corre a areia fina da ampulheta do século XXI, passagem instantânea que a deixa (es)correndo pelas frestas da litania [ladainha] de paz e paciência pela qual oramos diariamente nessa grande sala babélica de exibições em que se transformou a internet, a TV digital, a parafernália musical, audiovisual e literária das celebridades instantâneas de Warhol. Nada precisa fazer ou dizer fazer um sentido, mas, sim, vários (além dos triviais e exauridos cinco que desde sempre disseram que possuímos), em qualquer forma de expressão dita artística, pós-contemporaneamente falando. É essencial que nos remeta ao mais pré-histórico dos intentos: uma tentativa de união com um algo dito sagrado. Ou até mesmo perfeita e convincentemente profano. Mas que seja sacro, e não um saco!”

Marcia Tiburi (doutora em filosofia, escritora e apresentadora de TV)
“Arte contemporânea é um conceito que, a meu ver, vale mais como produto da ‘arte conceitual’ do que como recorte histórico que signifique algo. Na verdade, é uma definição anacrônica, tanto quanto a arte conceitual, que nasceu da crise dos críticos (a morte da crítica, sim, foi pouco avaliada). Também a palavra arte se tornou anacrônica. Ninguém entende de arte, nem de arte conceitual. Nem de conceitos. Não temos, é claro, aparato conceitual que dê conta dos fenômenos. Em outras palavras: ‘arte contemporânea’ é uma definição que usamos vagamente para sinalizar que nas produções atuais vemos algo de arte. Mas não sabemos o que é arte e ficamos a insistir em arte contemporânea por falta de domínio conceitual. Círculo vicioso, sim. Portanto, eu não confio nessa ideia. O povo? Ora, deixemos o povo pra lá que, como o marido, é o último a saber. Mais importante é avaliar que estamos no tempo da performance, do design e do espetáculo. Performance é o que há de mais parecido com o que chamávamos de arte, design com o que envolvia conceitos, espetáculo com o que chamávamos cultura de massa. Enquanto as categorias permanecerem em tensão, nossa cultura tem futuro. Do ponto de vista das formas, o que me interessa hoje é literatura como tal, que não se importa em ser literatura, que cospe nos roteiros de cinema disfarçados de escritura, que vomita no contentamento dos semianalfabetos de alma, que o são também políticos, ou os bem-pensantes; prefiro os insuportáveis, os sem-medo nem limites, quem sabe Lobo Antunes, mas, sobretudo, os pichadores das cidades grandes. Para mim, tudo o que chamamos de arte um dia está nos muros, perturbando a ordem enfeitadinha do nosso circo. Mas não é mais arte, é apenas o que nos faz ver que retornamos ao pó.”

Márcio Harum (pesquisador do grupo Hélio Oiticica e do Programa Ambiental)
“Essa indagação não é nada simples e não tem resposta alguma que satisfaça as pessoas… Enquanto estou aqui pensando, acho que não vou conseguir escapar das reminiscências do credo difundido por Charles Baudelaire (1821-1867): ‘É preciso ser de seu tempo’ (Il faut être de son temps, citação original do pintor Honoré Daumier, 1808-1873). Hoje em dia, o ponto de inflexão comum a todos talvez seja: ‘Preciso ser mesmo do meu tempo, mas que tempos são esses, afinal?’.”

Sônia Alves Dias (formada em artes plásticas, participou do coletivo Vinte e Sete+Um e assina o blog A Letreira)
“Chama-me atenção o fato de vivermos uma fase artística carente de novos talentos individuais. Há uma sensação incômoda no ar, de que no mundo atual uma parte significativa da sociedade se autodenomina artista e, em decorrência desse excesso de pseudotalentos, a arte fica no meio-fio entre o que é permitido e o que é possível e quem são os executores práticos dessas ideias. Não dá para falar em arte contemporânea sem pensar em TV, internet e tantos outros recursos tecnológicos e audiovisuais, que fazem com que as transformações e intervenções da arte em movimento sejam captadas e reinventadas em tempo real. Atualmente, o que mais chama atenção é o campo literário. Pois a quantidade de escritores fantasmas que se revelam através de blogs e comunidades literárias é cada vez maior. No Brasil, inclusive, existem cursos acadêmicos de formação de escritores e agentes literários, onde cada aluno mantém um blog. Essa nova condição de escritor virtual multiplica-se vertiginosamente deixando no ar a pergunta ‘o que esperar da escrita futura feita por escritores formados e formatados?’.”


E para você, o que é arte contemporânea? Você concorda com o que disseram os entrevistados? Envie sua resposta paraparticipecontinuum@itaucultural.org.br. Ela será publicada aqui!


Eduardo Senna Boaventura (historiador, artista visual, gestor cultural)
“Como é visível em tudo que foi dizível por diversos autores, arte contemporânea constrói uma divisibilidade, própria das contradições em sermos ‘contemporâneos de nós mesmos’, cuja existência é inexoravelmente contradição em uma história marcada pelo exercício da corrupção. A arte mostrou-se no processo histórico como o melhor dos meios de comunicação para retratar a realidade em que cada autor esteve ou está contextualizado.

Ao lutarmos contra as imagens prontas, os desejos pasteurizados, as conclusões acabadas, não nos opomos aos instrumentos de comunicações dominantes, mas ao domínio dos instrumentos como fórmulas prontas de resultados previstos e testados.
A guerra contra a imagem como instrumento de subversão da realidade não pode se opor à realidade como forma de subversão da imagem, nas quais atuamos como criadores e criaturas.”
Christiana Daisy
“De qualquer modo qualquer coisa é sempre alguma coisa…!

Algo muito simples, algo muito complexo, algo muito controverso ou talvez contra o verso, o inverso do que se pretende ser? o universo do ser? Como definir arte contemporânea se o próprio termo arte ainda é algo vago, abstrato e intangível. Arte, anti-arte afinal do que se trata? Haja singularidade, pluralidade, imcompletude, polissêmia, o dito e o não dito, o vísivel e o invisível, o tangivel e o intangível …afinal do que se trata?! O que legitima, o que exclui, o que torna a arte mais arte que outra arte? O que torna a arte uma anti-arte ou uma arte qualquer. O que é arte contemporânea afinal? Seria a arte deste tempo, do nosso tempo? Seria a arte com tempo? a arte sem tempo? Porquê arte contemporânea e não arte Extemporânea? Porque arte? Porque perguntar? Porque responder? Porque o confronto? Porque o conflito? Arte é tudo que assim se denomina? Ou tudo o que domina, pre-domina? O instituído, o constituído, o destituído? Afinal oq que é arte contemporanea? A arte que se faz no confronto com a obra, independente de seu estado, de seu estágio, de seu tempo? O que se cria, concebe e denomina? O que se diz arte? o que se sente arte? O que o artista cria, o que o observador casual e o aficcionado entendem do que se cria? Outras criações? Arte afinal o que é? Um valor construido pelo olhar especializado, ou desconstruido pelo olhar despretencioso do olhar comum, do senso-(in)comum? Arte-final, finalizada…obra imcompleta de nosso imaginário. Arte afinal, o que é? Como definir? Porque ~simplesmente “não fruir e usufruir” do que se diz arte, se assim se intitula? Arte que se consuma na fruição, arte que se consome na fruição, arte que consumo, arte com sumo, em suma o que afinal é arte comtemporânea retirados os conceitos, preceitos e preconceitos que embalam, rotulam e lacram e isolam tudo o que não seja arte, ou pelo menos a arte que vemos, a arte que cremos , a arte que acreditamos ver? Algo muito simples, algo muito complexo, algo muito controverso…melhor só indagar, não responder…deixar que a arte se faça em seu confronto com a obra, com o artista, com o público e com o privado…desde que a arte se faça contemporânea, extemporânea ou como queiram!”
Charô (que acredita que meerkats don’t wa-da-tah to the shama cow e assina o blog Artposts da Charô e @acharolastra)
“Definir arte tem como objetivo tolher horizontes. Trata-se de impor limites sócio-culturais, financeiros e políticos à expressão humana. Ainda assim, diria que arte pode ser encontrada em tudo o que é concebido, interpretado ou entendido como arte. Mas isso seria perda de tempo.”

Daniel Brazil (roteirista e diretor de TV e assina o blog Fósforo)
“O velho conceito dicionarizado de arte ainda resiste: arte é tudo aquilo feito pelo homem com intenção de provocar uma emoção de ordem estética.

Mudaram os suportes, os contextos, as técnicas, mas não mudou a intenção primordial. No limite, se relativizou. Sensações como o tédio, o desconforto, a irritação e a mera curiosidade ganharam status de emoção estética. Sintoma de contemporaneidade.”

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